Rotina
Ao dar o nó na gravata, a poeira estelar se condensou em um planeta, três luas (por que não?) e um imponente Sol.
Após poucos slides, tremores precederam o erguimento de montanhas, cuja linha azulada murava paradisíacas praias de maré alta.
Na fila do self-service, centenas de pequenos barcos à vela chegaram às baías — sobreviventes de vorazes monstros.
Entre cliques no mouse, ergueram-se castelos com abóbadas esplêndidas, cúpulas ornamentadas de bronze e ouro.
Sons de buzinas se mesclaram com tramas políticas, aventuras de poderosos magos, jornadas de heróis solitários.
Ao vestir o pijama, o mundo se dissipou, voltando a ser poeira estelar.
Esse é uma poesia auto explicativa. Basicamente, é a... minha rotina.